sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Dez Balas de Morango

Acabei de voltar da cozinha. Lá, por aquelas terras habitadas por formigas silenciosas e doces escondidos, encontrei algumas balinhas de “Morango Cítrico”. Em meio a toda maravilha agridoce recém desembalada que minha boca já saboreava, lembrei de você. Lembrei que devia passar o adocicado que me mostraste, para minhas palavras de chocolate branco derretido.
Dos muitos mistérios da vida que moram entre “a razão do viver” e o “depois de morrer”, existe minha curiosidade quanto a tua pessoa: Quem seria essa doce-moça-boba dos cabelos da cor do sol? Essa dos olhos arqueados como um horizonte que se curva para beijar o nascer da lua, mas que, ainda assim, apenas tenho um olhar vislumbrado por meio de fotografias de facebook – fotos que mostram sorrisos que falam mais do que qualquer palavra trocada ou cruzada, diga-se de passagem -?
As viajosidades poéticas sobre o amor e paçoquinha com brigadeiro (não seria “amor” e “paçoquinha com brigadeiro” a mesma coisa?) mostram a loucura de uma flor do campo que tem uma morada no nome, um “Lar”, onde os beija-flores buscam, de maneira dulcíssima, a calma para uma conversa às duas da madruga boladona. Na despedida, voam beijos imaginários mais doces que qualquer doce que se possa encontrar no fim de um arco-íris de algodão-doce. No fim, palavras voltam a ser só palavras, e eu e você voltamos a ser só dois avatares coloridos.
Ao fim deste malogro textual, foi consumido um total de 10 (Dez) balinhas de morango. Mas, convenhamos, ainda há muitos doces a se provar!

2 comentários: