Tia "bibi" olhava desolada o enorme buraco em seu quintal, consequência de um vazamento. Lembrava atordoada da noite passada, na qual seu filho Beto quase foi devorado por aquele cretino buraco que mais lembrava a boca de um tufão. Andando sorrateiramente os quatro cantos da casa, alarmou-se:
- Beto! Ligue para todos os seus tios, vamos fazer um mutirão. Família serve pra isso mesmo.
- Mas, mãe. Hoje é ...
- Sem mais, Beto. Diz que terá feijoada!
Beto sem alternativa acabou obedecendo simultaneamente.
- Alô, tio Pelé?
- Ôh, Betão! Cadê a bênção, menino?!
....
- Alô, tio Pedro?
...
- Isso mesmo. Feijoada.
Casa cheia. Tia bibi se desdobrava em duas para relatar a lástima da terrível "cratera" em seu quintal e para dar conta de encher a barriga daquela gente que mais parecia lagartas famintas seguindo o delicioso cheiro da sua feijoada.
- Ôh, bibi! Trás aquela cervejinha pra acompanhar.
- Mãeee!!! O léo derramou o feijão todo no sofá.
Tia bibi, coitada. Corria de um lado para outro.
Exclamava:
- Calma, minha gente!
Intimidava:
- Desce daí, peste. Você vai cair.
Acarinhava:
Acarinhava:
- Não acabou, não. Já coloquei mais água no feijão!
Fim do dia.
E lá estava tia bibi, olhando desolada (...)
Cada um tapa os buracos que pode, Thalita. kkk
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